Praxis & poiesis

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 A noção de competência tem merecido longas discussões. De modo amplo, competência significa a capacidade de mobilizar diversos recursos cognitivos para enfrentar situações novas. Portanto, quando essa mobilização ocorre em situações singulares, o indivíduo conseguirá realizar operações mentais complexas. 

Os subtítulos a seguir estão entre aspas porque são citações literais dos PCNPs e das Orientações Curriculares.  (2006, p.33).

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• "Ler textos filosóficos de modo significativo."

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A leitura de um texto filosófico retoma o pensamento vivo de um filósofo, mesmo que ele pertença a épocas  muitos distantes. A leitura filosófica significativa investiga os pressupostos do texto e exercita a capacidade de problematização. Para tanto, o texto é apropriado de maneira metódica. 

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• "Ler, de modo filosófico, textos de diferentes estruturas e registros."

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O filosofar exige compromisso como o cotidiano, portanto não é de se estranhar que se lance um "olhar filosófico" a textos como artigos de jornal, poemas, letras de música, programas de tevê, filmes, peças de teatro, obras de arte, pronunciamentos políticos, descobertas científicas e suas aplicações, referências a determinados tipos de comportamento e acontecimentos diversos, entre outros. 

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O rigor da abordagem filosófica reaparece nessas diferentes expressões, de modo a favorecer uma leitura diferenciada ao identificar problemas, avaliar pressupostos, interpretar fatos e levantar questionamentos que possibilitem uma visão crítica do mundo. 

 

• "Elaborar, por escrito, o que foi apropriado de modo reflexivo."

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O processo do ensino de filosofia visa à autonomia do pensar, alcançada quando o estudante adquire a competência de produção pessoal. A melhor expressão desse tipo de produção é a dissertação filosófica. 

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• "Debater, tomando uma posição, defendendo-a argumentativamente e mudando de posição em face de argumentos mais consistentes."

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Aprender a debater é, inicialmente, um exercício de reconhecimento do outro, de concessão da palavra, já que, no bom diálogo, além de falar, as pessoas se dispõem também a ouvir e a trocar ideias. O diálogo oferece a oportunidade de cada um organizar seu pensamento, entrar em desacordo como o outro ou até reformular seus pontos de vista, caso reconheça argumentos melhores que os seus. Trata-se de um exercício de cidadania, se lembrarmos que a filosofia nasceu na ágora, o espaço público em que os atenienses discutiam os destinos da cidade. 

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