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Olhares do vento

Sinto-me vento

Sinto-me tal o vento. Às vezes súbito de curta duração e elevada velocidade - rajadas. De duração intermédia - borrascas ou lufadas. De longa duração - brisa, vento forte, ventania, tempestade ou furacão.

Apesar de desejar pouco ser dona de qualquer coisa, desanimo um pouco quando penso em ser vento, pois me dá preguiça e gostaria de descansar, mas maré mareia e vento venta.

Uma canção, cuja letra me consola - O vento - de João Alexandre: "O vento sopra onde quer, ninguém sabe de onde ele vem e nem para onde ele vai em seu caminho. Se vai dar ondas ao mar, levar a jangada a pescar, ou se vai fazer trabalhar o moinho. Assim também viverá aquele que quiser andar ao lado de Deus e fazer sua vontade. Hoje estará por aqui, quem sabe amanhã vai partir, mas onde estiver é feliz, é feliz de verdade. Agradecido em tudo, sabendo que Deus é maior que a vontade dos homens e todas as forças do mundo. E seu amor mais claro que a estrela do céu, mais doce que o favo de mel, e mais que o abismo do mar, ele é profundo".

E nesse momento em que estou sediada na escola Teófilo de Andrade, abandono um pouco meus ares de vento e abraço mais uma oportunidade de conviver. Assim, quem sabe aprendo mais sobre essa arte. Fortaleço meus princípios e conheço outros diferentes. Talvez isso me faça gostar ainda mais de mim e compreender porque as pessoas gostam tanto delas... (rs). Olhando essa foto acima, vejo em cada olhar as mensagens do dia a dia na escola.

 

Marlene, sutil e religiosamente motivadora. Mesmo assim, surpreende com seu lado senhorial. Sem grandes alardes, fez-me seguir em momentos de descompasso.

Magda, incompreensível ainda pra mim, mas é a esfinge que me motiva a encontrar um roteiro.

Sandra Santos, com seu jeito e olhar historicista, convida-me a situar-me no tempo e no espaço o tempo todo.

Daniela, pouco contato, não se aproxima tanto, mas tampouco repele. Recebeu-me na medida possível até aqui.

Flávia, propriedade e lucidez elegante e afável, embora convide a um certo cuidado no trato, tipo, “respeita minha história!”. Gosto disso.

Cris, dirigente e diligente. Muito mais teria a dizer, mas para respeitar o tempo de aproximação tão curto e de modo a não exagerar no rímel, acho que essas duas palavras dão conta por hora.

Irene, chegou chegando e consciente de sua importância para todos, nem esperou confetes. Colocou a mão na massa e fez um delicioso pão e convidou-nos a sentar à mesa. Hummm, delícia, delícia... assim você me (nos) mata...

Andreia com seu espaço bem definido e sem deixar dúvidas (do que sabe e do que não sabe), deixa a gente tranqüilo...

Ju França, evita que demoremos em assuntos não edificantes. Incomoda um pouco quando a gente quer remoer as coisas, mas ela não dá chance, pois sabe que a vida é curta pra se debruçar em dores. Nisso se assemelha um pouco à... 

Selma (relaxa Angela!), que infelizmente não está na foto, pois não pôde ir ao e-vento (rs).

Rafa? Meu Deus! Coisa mais linda que sabe viver. Ela me faz feliz quando sorri de minhas confusões.

Ju Pires, ocupada com seus filhos em casa, com seus alunos na escola, ocupada em ser coerente.

Vera, aparentemente distraída, mas em geral não se trai. Esclarece direitinho as coisas e ri de quem quer confundir.

Juliana Perinoto, falamos pouco, mas é receptível, parece querer ouvir, compreender.

Vânia, tenta acolher, agrupar, até quer pagar pra gente ir...(rs) só pra não deixar de fora ou perder de vista. Essa empresta o coração e o bolso se precisar. Não é das que convidam só os chiques para o banquete. Entra todo mundo, rico, pobre, mendigo etc. Sei lá se estou exagerando...

Sandra Braido (retumbante rs) , no início achei que ia ser muito vento junto e ia virar uma tempestade, mas nossos caminhos têm se aproximado, embora com curto períodos de estiagem... e, pela fé, Jesus vem acalmando a tempestade (rs). Ela é pulso, é voz, é decisão. É compaixão, segundo Dalai Lama.

Camila, indispensável para alguém como eu que viaja muito, que quer comer o mundo de tanto fazer coisas. É assertiva, propõe certo ceticismo diante do “mal”. Faz os questionamentos mais absurdos algumas horas, mas que obriga a achar respostas, e o pior, as melhores. Só tenho a agradecê-la, até aqui.

Athos, os atos mais ponderados, mais dispostos, mais eficazes em um contexto tão árido que temos de enfrentar constantemente. Sorriso sincero, inspira confiança, exemplo importante pra mim esse ano.

José Carlos, quase não conheço, mas sinto que posso gostar bastante.

Luciana, cadê? Não achei na foto, mas apesar da pouca aproximação, admiro a verdade e a capacidade de marcar presença no mundo e na vida das pessoas. E todos os outros que não estão na foto, mas que vão aparecendo aqui e ali nas memórias. Uma história aqui e ali, um aprendizado ou outro. 

Marilene, religiosamente objetiva, transmite certa graça no olhar.

Antônio Claudio, para resumir: filósofo especialista camuflado.  

Suez, disposto a historiar a qualquer momento, quase nos faz querer escolher de novo a carreira. 

Wilson, que dá até medo quando rrreprova...

Wil, que não está na foto, mas sempre na fita, com quem iniciei e com quem venho tendo o prazer de conviver.

José Mauro, entra na História firme na fala, orando e olhando seus alunos. 

Advaldo com seu jeito de menino sem noção, e com sua busca pelos caminhos da arte. Flábia, com seu jeito ímpar de discordar e de concordar. De sorrir e falar com calma.

Lidia, temperamento de artista. Inexplicável...

Heloísa! Você sumiu. O que dizer de você?

Adriana, certa comicidade no jeito e na fala. Uma seriedade leve que parece estraçalhar minhas exigências.

Edson, entre consensos e "nonsenses" há pontos de convergência. Mas pra mim, ele é pura arte conceitual.

Umberto, coordenou, agora descoordenou (rs), mas me ajuda a compreender um pouco mais sobre alunos. Grata!

 

Tampouco estão na foto, Márcia, Ana Márcia, Joana, Cida, James, Mara, Mariana e muitas outras "gentes" (professores e educadores) que formam essa escola, e cada um com seu jeito e temperamento faz meu movimento diário dentro desse novo local de trabalho. O movimento do vento que nunca se sabe em que tempo e em que intensidade ou duração virá ou permanecerá. Assim que...

Meus melhores desejos a todos vocês, que certamente só fazem parte da minha vida hoje porque assim aprouve a Deus.

Abraços e Feliz ano novo a toda equipe do TA (Parte da minha história).

Angela Paz - Dezembro de 2016

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