
Praxis & poiesis
Espaços na consciência
DESFILE BRANCO, PRETO E VERMELHO
24/11/2016
Participação especial de de Marcos Toratti (rapper e filósofo), Aléxia Melissa (poeta e escritora) e grupo Blackout.
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Nossos ditos...

Só o Brasil - Heart Beats
Por: Marcos Vinicios Toratti
E como eu vou falar dos problemas do Brasil se um deles é o menor no morro portando fuzil.
O que eu vejo no horizonte é um jogo de incertezas. Quando ligo a TV o que aparece é só tristeza.
Tira o foco da política e põe ele na novela, mas o PM que forja e mata, eles nunca põem na tela.
E em meio a tanto assalto você tem que ficar esperto, pois o que realmente rouba é aquele que ta de terno.
E você para e se pergunta por que isso acontece. Procura alguém pra por a culpa, mas você ainda se esquece que o culpado de tudo é você que apertou o confirma e por causa da sua decisão esse país não cresce.
Bancos cobram juros que custam os olhos da cara pra você juntar um “dim” pra no final dessa batalha você ter onde comer e também onde viver, mas aí vem outro Collor e sua esperança falha.
A copa tirou o copo pras crianças matarem a sede. Sujeito desinformado que você vai fazer agora se seu filho está com fome e sua mãe chora. Escolhe fazer um assalto de manhazinha com a aurora, mas os polícia te achou e no final tudo piora. A sentença do réu é passar 7 anos preso pra quando sair ter do seu filho só desprezo. Sua mãe já foi pro céu e você nem ficou sabendo, porque um cara foi cobrar o que você ficou devendo.
E ao todo somos todos cerca de 200 milhões, mas a dívida externa está beirando 3 bilhões. O certo seria a gente não votar em vão e evitar botar qualquer um na cadeira do patrão. Todos iguais perante a lei, que piada sem noção, pois se tem verba fica fácil burlar a legislação. (2x)
E a cidade cresce pros lados e o centro fica perigoso e em meio a tantos assaltos você tem que ser cauteloso.
Você chama a polícia, mas de nada adianta porque o menor só foi lá e te roubou pra de noite ter janta, pois oportunidade nesse país ta difícil. E por isso, vários caem de cabeça dentro de um vício.
Eu vou usar um pouco dessa vez pra relaxar, mas é que quando a brisa passa os problemas ainda estão lá.
E a cada vez que usa você busca algo mais forte e no resumo do final foi isso que causou sua morte.
Autopsia revela um corpo apodrecido, pois causou tanto desgosto que por todos foi esquecido.
Enquanto no nordeste água é o que falta e você ta mais preocupado com o Neymar que sofreu falta.
E de 30 alunos dentro de uma sala de aula, no máximo serão 2 que farão faculdade fora.
No país onde uma bola importa muito mais que um lápis, os professores já estão cansados de pegar no giz, nos ensinam estado laico, que termo hilário. Aqui as igrejas fazem fortuna e também te fazem de otário.
Mas enfrento os obstáculos e no final eu te revelo que com as pedras do caminho você constrói seu castelo.

Consciência
Por: Aléxia Melissa
Depeno meu interior e revelo-me inferior, oh, um medíocre telespectador da sua própria dor. Esboço minh'alma no rascunho da sociedade, mente e coração humano ausente de igualdade. Sinto muito informar para a ignorância que causa dor, que ser negro é superar-se com orgulho da nossa cor
Realidade negligente e sua vítima inocente.
Corrompe-se o preconceituoso, supera-se o valente.
Da maldade sou refém, outras raças me detém, superando limites que a sociedade impõe posso sempre ir além.
Preceito inconsciente e intolerância imprudente, fazem parte disso, andam juntos igualmente.
Liberdade é bloqueada por muros á minha volta, oh, foi tomada pelos próprios humanos, isso me revolta.
Racismo nítido permanece transparente, viajando constantemente, de verdade e sinceridade, vive deficiente.
Grito os pulmões para que todos possam ouvir, que consciência só é viva se permitirmos a igualdade fluir.
Orgulho da pele escura, pena dos corações negros desumildes, ausentes do amor. Segue além de nosso olhar a verdade. Injustiça caminha junto com a bestialidade.
Tolo preconceito que brota orgulhoso. Desumano sentimento do coração maldoso. A beleza vem de dentro... O real valor que está na alma. Oh! Nossa cultura desvalorizada
Não desistirei agora da liberdade lutarei com benignidade! Troquemos o “pré” por nobres conceitos. Apenas por resistirem ambas essas dores, os negros são todos vencedores!

Preconceito a viralizar
Por: Angela Paz
Fala:
Preconceito sai no peito, jeito. nas falas, sai nos olhos
Preconceito sai pelos poros
Letra:
E você que não se acha digno nem de falar
Um dialeto, ou qualquer outro linguajar
Espanhol, Inglês, italiano, polonês, e nem mesmo o claro e bom português
Colonizam sua mente
Colonizam sua tez
Se há colonizáveis, colonizadores há
Entenda o que eles falam pra tentar parar de errar
(Se liga no papo reto que agora vou mandar):
Fazendo tentativas de acessar beleza
mas o bonito e feio da humana própria natureza
Confunde-nos e infunde um não ao ‘mude’.
Preconceito, então, Inunde!
E retraídos idos, traídos pelo som do mundo e sem poder parar,
vamos caminhando mudos e bem pro fundo
nos abismando, nos estranhando profundamente
e rasa consciência arrasa
Já era! Geleia de mocotó?
(Se) embasa
Pois a ciência está num clique
Aplicativos, apliques
não há um justo
nem um sequer
que mal medite em sua fé.
Querido preconceito,
Venho por meio desta me expressar
Querido ou não
sai no meu peito
Sai no meu jeito
Nas minhas falas
Sai nos meus olhos
Preconceito sai por todos os meus poros
Impossível categorizar
Surgem novos e de todo jeito, por todo lugar
Vírus revive
E viva o preconceito!
Pra todo aquele que não sabe olhar
Preconceito há de viralizar
Virilizar o gosto alimentar
De boca cheia
Bom apetite,
bom paladar
E nesse “mundinho nosso” preconceituado
Cada um se arma e atira pra todos os lados
Tiro cego,
bala perdida,
falta de tato
Eh, tiro mudo,
corpo cai surdo
fim de carreira,
final de vida.
Espaços na consciência
CULINÁRIA








